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Assim como o Judiciário golpista afastou Cunha da Câmara para depor Dilma, agora encena a sua prisão apenas para prender Lula

O Juiz Sérgio Moro, suposto agente da CIA e militante do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), também supostamente violando a Lei Orgânica da Magistratura, determinou a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, acusado de possuir 9 contas bancárias na Suiça, com 50 milhões de dólares fruto de desvio de dinheiro da Petrobrás. 

Assim como o Supremo Tribunal Federal golpista “afastou” Cunha da presidência da Câmara dos Deputados (na verdade, ele continuou comandando o golpe, recebendo salários, e desobrigado de comparecer às dependências da Câmara) para o golpe/impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores (PT), agora a Justiça Federal faz o mesmo encenando a prisão do ex-deputado apenas para prender Lula, querendo dar um caráter de “imparcialidade”.

A prisão de Cunha, ao contrário das demais prisões da Justiça e da Polícia Federal golpistas,  não teve a encenação midiática e a humilhação dos presos petistas ou dos empresários que colaboraram com os governos do PT. 

Agora, após Eduardo Cunha ter feito todo o trabalho sujo do golpe (eufemisticamente chamado de “impeachment”) impulsionado pelo burguesia entreguista e pelo imperialismo norte-americano, é “eliminado/descartado”, podendo ocorrer queima de arquivo,  caso ele ameace abrir a boca, porque todas as máfias são perigosíssimas, principalmente as golpistas.

O Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público Federal, o Tribunal Eleitoral (que promove eleições controladas, antidemocráticas, baseadas na grana dos bancos e das empreiteiras), do Tribunal de Contas da União, da Polícia Federal (a polícia política do golpe), essas instituições burguesas, são ocupadas por usurpadores, ou seja, por indivíduos que não foram eleitos pelo povo, não se submeteram ao sufrágio universal, isto é, ao povo, que estão a serviço da burguesia e do imperialismo de maneira permanente, como “instituição”. O Supremo Tribunal Federal, condenou companheiros sem prova, com base na nazi-fascista “Teoria” do Domínio do Fato”. O STF é o mesmo que historicamente entregou Olga Benário aos nazistas. Essas “instituições” agem politicamente, utilizando-se de  ações midiáticas, em total desrespeito aos mínimos direitos civis e democráticos, à presunção de inocência, desrespeitando as liberdades democráticas (ou como gostam os juristas burgueses, as “liberdades públicas”), desrespeitando o devido processo legal, com "delações premiadas" e "confissões" obtidas sob tortura ("prisões cautelares, preventivas e temporárias"), que tornaram Curitiba a Nova Guantámano, bem como criminalizando os movimentos sociais, prendendo os lutadores dos movimentos sociais, com a aplicação da Lei de Segurança Nacional da época da ditadura militar e a Lei Antiterrorismo, em conluio com governos de traços nazi-fascistas nos estados, como os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com as Polícias Militares treinadas e armadas até os dentes pelo Enclave sionista e terrorista de Israel.

Então, o movimento operário e popular não deve se iludir com a prisão de Cunha e com a farsa da Operação Lava-Jato que tem como objetivo apenas atacar o PT e o movimento operário e popular, começando por sua principal liderança, o ex-presidente Lula, com o objetivo de destruir as organizações sindicais e os movimentos populares e sociais, rumo a uma ditadura da burguesia e do imperialismo norte-americano.

Somente dessa forma, a burguesia e o imperialismo conseguirão impor o Plano de escravidão e recolonização do Brasil, com a superexploração dos trabalhadores, com jornada de 80 horas semanais, fim da CLT, fim do FGTS, aposentadoria aos 75 anos, fim do segurodesemprego, fim dos programas sociais, acabando com a saúde e a educação, com a PEC n. 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, bem como com a apropriação das riquezas da nação, como o Petróleo do Pré-Sal, a água, a Floresta Amazônica, dos bancos e empresas públicas, o que levará o nosso País à barbárie, já que somos a 3ª população carcerária do mundo, com quase 700 mil presos.

Golpe dentro do golpe do PSDB pró-imperialista

Os golpistas provavelmente estão chegando a um consenso de que para aplicar o Plano golpista o governo Temer, muito fraco, precisa ser removido, motivo pelo qual estão já estão conspirando nesse sentido, para colocar o PSDB pró-imperialista no governo, através de eleição indireta no Congresso Nacional, a partir do ano que vem.

Temer que não é nada bobo, percebendo a manobra, antecipou a sua volta do Japão, para tentar se defender dos tucanos, o que, com certeza, aprofundará a crise vivida pelo governo golpista e todas as suas alas, inclusive o próprio PSDB pró-imperialista, agravada ainda pela deterioração de todos os índices da economia brasileira neste momento.

A alternativa a toda essa barbárie é a mobilização dos operários, camponeses e estudantes na perspectiva de uma greve geral, organizando comandos de greve eleitos democraticamente pela base, juntamente com as milícias operárias e populares, a partir dos sindicatos, com a convocação de um Congresso Brasileiro da Classe Trabalhadora  em São Paulo, com delegados eleitos nos Estados em Assembleias de base, para a derrubada revolucionária nas ruas dos golpistas e suas instituições, visando um governo operário e camponês, para a realização das tarefas democráticas, expulsão do imperialismo e reforma e revolução agrária, expropriação do campo, do latifúndio e das empresas agrícolas, passando à expropriação das fábricas, das empresas e dos bancos, monopólio do comércio exterior e economia planificada, rumo ao Socialismo e à Construção da Internacional Operária e Revolucionária!

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário

- Abaixo o golpe!

-  Fora Temer!

- Não à prisão de Lula!

- Liberdade de manifestação, expressão e organização!

- Organizar milícias operárias e populares, a partir dos Sindicatos!

- Convocar um Congresso Brasileiro da Classe Trabalhadora em São Paulo, com delegados eleitos em Assembleias de base nos Estados!

Erwin Wolf

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