Apesar da repressão brutal, seguem aumentando as manifestações contra o golpe em São Paulo e no Brasil
Ontem, quarta-feira, dia 31/8, dia em que se consumou o golpe contra a presidente Dilma Rousseff do PT, uma manifestação pelo Fora Temer que se iniciou com 6.000 pessoas, percorreu a Avenida Paulista e logo tomou grandes proporções, dirigindo-se pacificamente à Rua da Consolação (apesar do nome de rua, a Consolação é larga e comprida), quando foi atacada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, que reprimiu covarde e brutalmente aos manifestantes, com bombas, balas, armas, cassetetes, etc. Ocorreram mais prisões, como no dia anterior. Uma manifestante perdeu uma das vistas, em razão do criminoso e covarde ataque da Polícia Militar.
A Polícia Militar, treinada e armada até os dentes pelo Estado sionista e terrorista de Israel, e dirigida pelo governador tucano do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Geraldo Alckmin, precisa imediatamente ser dissolvida.
Desta vez os manifestantes revidaram aos ataques covardes, sendo que vários enfrentaram aos truculentos policiais militares, chegando até a quase virar as viaturas policiais. No dia anterior, os manifestantes espancaram um fascista.
A Tendência Marxista-Leninista entende que o golpe inicia sua fase ditatorial, em razão da necessidade da burguesia e do imperialismo norte-americano, tentar salvar ao capitalismo brasileiro, buscando a aplicação do “Plano uma ponte para o futuro”, apresentado pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do golpista Michel Temer com contribuições dos "15 pontos" do PSDB.
Esse Plano do imperialismo norte-americano visa acabar com toda a legislação trabalhista, com a Consolidação da Leis Trabalhista, aumento da jornada de trabalho par 80 horas semanais, aposentadoria aos 70 anos, assalto aos recursos bilionários do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da Previdência Social, entrega do Pré-sal causando um prejuízo de trilhões de reais, ou seja, do petróleo brasileiro para a Chevron e a Shell, congelamento dos recursos para a Saúde, Educação e Saneamento básico por 20 anos, fim dos programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronatec, Pró-une, Fies, Ciência sem fronteira, Mais médicos, privatização dos bancos públicos, como Caixa Econômica Federal, BNDES, e Banco do Brasil, etc.
Tal Plano é inspirado nas teorias da Escola de Chicago, de Milton Friedman, que inspirou o golpe de estado, a ditadura de Pinochet no Chile.
Os defensores da Escola de Chicago chegaram a dizer que a experiência chilena foi prejudicada pela ditadura de Pinochet. Porém, na verdade, a aplicação das teorias de Milton Fridman no Chile, somente foi possível por causa do Pinochetazzo que torturou e matou milhares de pessoas.
Então, a burguesia e o imperialismo norte-americano sabem que para a aplicação de seu Plano precisam se apoiar numa repressão enorme e brutal.
Os últimos acontecimentos em São Paulo e de outros lugares apontam que a tendência é ocorrer um enfrentamento do movimento operário e popular, que já vem demonstrando muita disposição de luta, apenas contido em razão das direções, reformistas, socialdemocratas, stalinistas e burocratas, as quais tendem a ser superadas por um reagrupamento de uma nova vanguarda operária e revolucionária, com o acirramento da luta de classes.
Além disso, os golpistas sabem que nenhum aparato repressivo, por mais forte que seja, resiste à ação direta das massas. A história já demonstrou isso com as revoluções.
Assim, neste momento, com o golpe “parlamentar” transformando-se em um governo ditatorial, iniciando uma verdadeira guerra civil contra o povo, como revelam os últimos acontecimentos de São Paulo, cumpre aos marxistas revolucionários seguir impulsionando a resistência ao golpe.
Essa resistência passa pela defesa da ação direta, buscando a preparação e a organização de uma greve geral, com comandos eleitos nas fábricas, nas empresas, nos bancos, nas repartições públicas, no campo, nas empresas agrícolas, nas escolas e universidades.
Além disso, é fundamental que sejam organizados comitês de autodefesa, as milícias operárias e populares a partir dos sindicatos, rumo ao armamento do proletariado e dos camponeses pobres, na perspectiva de instauração de um governo operário e camponês, para cumprir as tarefas democráticas, como expulsão do imperialismo e reforma e revolução agrárias, rumo ao socialismo, com a expropriação dos meios de produção, das empresas, das fábricas, dos bancos, do campo, dos latifúndios, as empresas agrícolas, edificando uma economia planificada, com o monopólio do comércio exterior.
- Não ao golpe da burguesia e do imperialismo norte-americano!
- Fora Temer!
Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário
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