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Plenária do PT de São Bernardo discute a ampliação da luta contra o golpe

O Partido dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo realizou uma Plenária, hoje, terça-feira, dia 19 de abril, com a presença de mais de uma centena de militantes.

Anteriormente, estava marcada a reunião da Executiva do PT de São Bernardo para discutir eleições municipais, porém ela foi ampliada com a presença da bancada de vereadores e da militância.

A Plenária iniciou-se com os discursos dos dirigentes e dos vereadores presentes do PT de São Bernardo, os quais se pronunciaram sobre a aprovação do pedido de “impeachment” da presidente Dilma Rousseff do PT, sendo que colocaram que não devemos abaixar a cabeça e seguir na luta contra o golpe, sendo que o representante da CUT defendeu a preparação e organização da greve geral para derrotar o golpe.

Em seguida passou-se à discussão das eleições municipais, com a intervenção de mais de um dúzia de militantes.

A quase totalidade das intervenções dos militantes de base do partido colocaram a necessidade de subordinar a participação nas eleições à luta contra o golpe.

A Juventude do PT de São Bernardo denunciou que os deputados golpistas colheram assinaturas para uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outra da UNE (União Nacional dos Estudantes) para "apurar as vinculações das mesmas com o PT".

Uma das últimas e  das mais aplaudidas intervenções foi do companheiro Juca, militante  da Tendência Marxista-Leninista, o qual colocou que o momento é de unidade, fez uma breve exposição do golpe de 1954 até o golpe de 1964 e o golpe dentro do golpe, o Ato Institucional n. 5 (AI-5), 1968, assim como ressaltou que essa ofensiva está sendo feita pelo imperialismo norte-americano em toda América Latina, Argentina, Chile e Venezulela, por exemplo. Juca disse que, na Argentina, Macri assumiu o poder democraticamente, mas governa por decreto, ditatorialmente, prendendo militantes dos movimentos sociais, como Milagro Sala. Juca lembrou também que Hitler assumiu o poder democraticamente, pois o presidente Paul von Hindenburg, após vencer as eleições, o designou primeiro-ministro. Hitler, no poder, incendiou o Rachstag, o parlamento alemão, numa provocação e passou a caçar os comunistas. Juca destacou, ainda, que os trabalhadores não podem ter ilusões nas instituições golpistas do estado burguês, como Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Polícia Federal, e Supremo Tribunal Federal, o qual condenou o companheiro Zé Dirceu, sem provas, com base na nazi-fascista “Teoria do Domínio de Fato”, bem como, historicamente, entregou Olga Benário a Hitler.

No final, foi decidido que a  militância fará um trabalho de organização e mobilização pelas regiões da cidade, visando ampliar a luta, fortalecendo os comitês de luta contra o golpe.

Com certeza, essa foi a Plenária em que as bases do partido tiveram mais voz nos últimos tempos. 

Ignácio Reis

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