Pretextando o adiamento sem data do segundo turno das eleições presidenciais e a incerteza política no Haiti, a ONU diz que vai adiar a retirada das tropas do Haiti.
A situação do Haiti continua explosiva, sendo que têm ocorrido conflitos e manifestações nas ruas, sendo que a oposição liderada por Jude Célestin, alega fraude nas eleições, por parte do candidato governista, Jovenel Moise, o que é até admitido pelos observadores da ONU.
O atual presidente do Haiti, Michel Martelly, anunciou deixar o poder imediatamente.
O Haiti foi o primeiro país da América Latina e do Caribe a se tornar independente, em 1804.
O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que “Erramos em querer nos livrar do problema depressa” (Folha de São Paulo, 6/2).
Na verdade, erramos lá atrás, quando desrespeitamos o direito à autodeterminação do povo do Haiti, participando da intervenção da ONU, liderada pelo imperialismo dos Estados Unidos, que impõe ainda a Doutrina Moroe (“América para os americanos”).
É sempre bom lembrar o que disse Lênin da antecessora da ONU, a Sociedade das Nações: “é um covil de bandidos.”
O Brasil entrou nessa fria por causa da insana pretensão do Itamaraty, da diplomacia brasileira, de conseguir um assento no Conselho de Segurança da ONU.
Além disso, visou adquirir know-how para as tropas brasileiras, usando o Haiti como laboratório para “treinamento”, visando atacar o povo pobre e negro das favelas do Rio de Janeiro, como fizeram durante a Copa do Mundo de 2014 e pretendem fazer nas Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016, dando continuidade ao genocídio do povo carioca que assistimos diariamente, o que é imitado nos demais estados da federação.
Assim, defendemos a imediata retirada das tropas brasileira dos Haiti e o direito à autodeterminação dos povos.
- Pelo direito à autodeterminação do povo do Haiti!
- Retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti!
- Abaixo o imperialismo!
Anita Garibaldi
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