Expedito Soares Batista, primeiro deputado estadual eleito pelo Partido dos Trabalhadores de São Bernardo Campo, em 1982, critica a política de alianças do partido, em entrevista ao Diário do Grande ABC de 22/11.
“Expedito Soares Batista mantém defesa do petismo, mas reconhece que postura adotada pelo amigo e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastou o partido dos ideais que levantava no passado. Ele critica principalmente a política de ampla coalizão adotada por Lula quando chegou ao poder em 2002.”, diz o Diário do Grande ABC.
Ainda segundo o jornal, Expedito Soares afirmou que:
“Quando liguei a televisão e vi o Lula ao lado do (Paulo) Maluf (PP, deputado federal) para fortalecer a campanha do (Fernando) Haddad (PT, prefeito de São Paulo), me senti constrangido. Assim como fiquei muito triste ao ver o Lula ao lado do (José) Sarney (PMDB, ex-senador) e do (Fernando) Collor (PTB, ex-presidente da República e atual senador por Alagoas). É deprimente”, questiona o petista”, segundo o Diário do Grande ABC.
Segundo o jornal, “Mesmo fora da política, Expedito faz análise cética do governo de Dilma Rousseff (PT), dizendo que a coalizão prejudica seu mandato.”
Além disso, Expedito Soares fez uma análise do governo Dilma, da política de “governabilidade”, ou seja, da política de colaboração de classes do PT, chegando a uma importante conclusão:
“O Lula botou a cara para elegê-la. Para a sociedade, é um governo do PT, mas na prática não. É um governo que vai desde banqueiros até mequetrefes do Congresso Nacional. A Dilma tinha de ter governo mais de centro-esquerda, compor com esse pessoal, sob pena de ter dificuldade de governar e até sofrer impeachment. Às vezes é melhor perder o poder do que governar com bandidos.”
O movimento pró-formação de uma Tendência Marxista-Leninista do PT defende a ruptura com essa política suicida de colaboração de classes do partido, colocada em prática pela tendência majoritária, a antiga Articulação, hoje Construindo um Novo Brasil (CNB), que levou o partido a essa encruzilhada que o Partido dos Trabalhadores e o governo Dilma vivem, com a ameaça do golpe da burguesia e do imperialismo, por meio de impeachment a lá Paraguai (golpe parlamentar), ou mesmo golpe militar.
Assim, nesta conjuntura, entendemos que ganharam relevo as bandeiras de Fora Cunha e contra o ajuste fiscal, para barrar a terceirização e as MPs 664 e 665 (que reduzem pensões, aposentadorias, e o seguro-desemprego, etc.), escala móvel de salários (reajuste automático de salários de acordo com a inflação); redução da jornada de trabalho, sem redução de salários; fim das demissões, estabilidade no emprego; não aos cortes dos programas sociais, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, PRÓ-UNE, PRONTATEC, FIES, etc., fim do congelamento dos vencimentos dos funcionários públicos, defesa da Petrobrás e expropriação da Samarco (Vale + BHP Billiton).
Fora Cunha!
Abaixo o ajuste fiscal!
Erwin Wolf
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