Pular para o conteúdo principal

Editorial do PCO

O Movimento pró-formação de uma Tendência Marxista-leninista (TML) no PT, o qual participa da Frente Resistência, formada pelo o Coletivo Lênin, Coletivo Socialistas Livres, Espaço Marxista, Tendência Revolucionária do PSOL e militantes independentes, publica abaixo o interessante artigo Jornal do Causa Operário, do PCO, por estar de acordo com o mesmo e para subsidiar a discussão sobre a conjuntura nacional neste momento.

"O que temem os golpistas

O golpe contra o governo do PT está em movimento pelo menos desde 2012, quando armaram o julgamento do mensalão, condenando dirigentes do PT mesmo sem provas.

No entanto, apesar de ter se desenvolvido a olhos vistos nesses três anos, o golpe parece não conseguir chegar a um desfecho.

A direita continua se organizando, os ataques à esquerda se intensificaram, a pressão sobre o governo também. A direita conseguiu realizar grandes manifestações pelo impeachment, a imprensa capitalista martela vinte e quatro horas por dia a campanha contra o governo Dilma Rousseff, a Operação Lava Jato vai de vento em popa e graças a isso os órgãos de pesquisa da burguesia foram capazes de declarar que o governo recém-eleito não tem nem 10% de apoio popular. No entanto, Dilma Rousseff continua lá. Pelo menos por enquanto.

O circo está todo montado. Por que então o golpe ainda não se concretizou?

Alguns, otimistas, acreditam que o motivo é que a oposição de direita não quer de fato derrubar o governo do PT, mas apenas enfraquecê-lo de modo a que a direita consiga vencer as próximas eleições.

Mas não se trata apenas de jogo de cena. A direita, a serviço do imperialismo, quer a saída de Dilma Rousseff do Planalto.

Um dos motivos veio à tona na última semana: os golpistas temem a reação popular.

O que mais chamou a atenção para isso foi o caso envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ao mesmo tempo em que a oposição golpista usa Cunha como a principal peça para promover o impeachment, procurou apresenta-lo, diante das recentes denúncias de corrupção, como parte do esquema de corrupção do PT, como um aliado do governo, mesmo tendo ele já declarado sua ruptura e sendo notoriamente um opositor do governo em todas as questões centrais.

Ou seja, a direita procura manobrar diante do fato de que Eduardo Cunha é uma figura extremamente impopular, o que poderia acabar comprometendo o impeachment.

Toda a cautela e hesitação, todas as manobras, tem por objetivo não despertar a classe operária da espécie de torpor em que foi colocada. Muitos elementos da direita que são contra o governo alertaram para o perigo do processo de impeachment provocar uma reação popular, o que poderia levar ao fracasso do golpe e colocar ainda mais em risco os planos do imperialismo.

A classe trabalhadora é um fator decisivo na situação e não pode ser ignorada. Se a possibilidade de um levante contra o golpe faz os golpistas hesitarem, está claro que a mobilização decidida dessa mesma classe pode barrar o golpe caso ele finalmente seja colocado em marcha, mesmo que violento. Na realidade, de um modo ou de outro, só a classe operária pode impedir o golpe."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

II Encontro Internacional Leon Trótski

Transcrevemos abaixo a Comunicação “Os imperialismos”, aprovada e apresentada pelo camarada João Batista Aragão Neto, membro de nossa tendência, no Simpósio Temático 4 – Posições sobre a guerra na Ucrânia e o imperialismo hoje, do II Encontro Leon Trótski, realizado em São Paulo, no Brasil,  na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), de 21 a 25 de agosto de 2023, dando continuidade ao I Encontro, realizado em Havana, Cuba, em 2019, em comemoração aos 100 anos da Internacional Comunista, onde também o camarada esteve presente. Leia mais: I Conferência da Tendência Marxista-Leninista Estado repressor é inimigo da classe trabalhadora Perspectivas da classe trabalhadora no governo Lula-Alckmin Revolução Russa completa 105 anos Reformismo eleitoreiro só leva à derrota O III Encontro está previsto para o ano que vem na Argentina. Fornecemos, mediante contribuição solidária, o Livro com as comunicações do I Encontro, em Cuba, em 201

O Brasil, os imperialismos e a guerra na Ucrânia

O presente texto é uma resposta à contribuição do simpatizante de nossa tendência, Leonardo Silva, para a I Conferência da Tendência Marxista-Leninista. Abordaremos alguns aspectos da conjuntura nacional e da internacional, sobretudo os relativos ao governo Lula e guerra na Ucrânia. Leia mais: Contribuição do camarada Leonardo Silva I Conferência da Tendência Marxista-Leninista Estado repressor é inimigo da classe trabalhadora Perspectivas da classe trabalhadora no governo Lula-Alckmin Revolução Russa completa 105 anos O governo Lula Como havíamos previsto desde as eleições, o governo Lula é um governo democratizante de conciliação e colaboração de classes, apoiado por uma frente ampla burguesa, ou seja, uma frente popular, uma frente populista. Além disso, previmos que a política econômica do governo Lula daria continuidade à política econômica de Paulo Guedes, ou seja, à política de Bolsonaro. Como prova disse, basta ver o salário-mínimo de fome anunciado pelo governo Lula: R$ 1.320,

Todo apoio à luta pela libertação da Palestina!

O grupo Hamas da Palestina, no dia 7 de outubro, lançou um ataque ao enclave sionista e terrorista de Israel. O ataque matou 250 israelenses, sendo que Israel revidou matando 232 palestinos. Agora as notícias dão conta de que no conflito já morreram aproximadamente 1.100 pessoas dos dois lados. Leia mais: II Encontro Internacional Leon Trótski O Brasil, os imperialismos e a guerra na Ucrânia Estado repressor é inimigo da classe trabalhadora Ministério da Frente Ampla e a anulação do programa do governo Lula Perspectivas da classe trabalhadora no governo Lula-Alckmin Israel é uma enclave sionista e terrorista criado, em 1947, pela ONU (Organização das Nações Unidas), um covil de bandidos como Lênin disse de sua antecessora, a Sociedade das Nações. Ou seja, os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, a Alemanha, os países imperialistas é que criaram artificialmente Israel, para servir de ponta de lança e polícia política no Oriente Médio.  O enclave terrorista e sionista deve ser desmante